DOCUMENTÁRIO LADY GAGA - NETFLIX

Então, participo do jogo. O reluzente e vazio desfile de máscaras.

O ano era 2009 e em uma festa de quinze anos eu ouvi "Just Dance" pela primeira vez; e quando se tem tal idade e estuda em um colégio com mais de 200 alunos por série, a probabilidade de comemorar, pelo menos, uma debutante por mês é gigante. Aquela foi só a primeira - e em TODAS AS OUTRAS Gaga se fez presente. O tempo passou, conhecemos sua "Poker face", nos apaixonamos loucamente por "Alejandro", aprendemos que "Lovegame" é mais comum do que a gente imagina, treinamos com caras e bocas a coreografia de "Telephone", descobrimos que "You and I" é mais difícil que entender a teoria dos números complexos, e hoje, um domingo qualquer, tive contato com outra Gaga - sem maquiagens, sem sutiã e sem filtros (tanto nas palavras como em seus cigarros).

E entre um trago e outro, neste lindo documentário produzido pela Netflix, ela apresenta qual foi o processo criativo de seu álbum "Joanne" e de sua apresentação no Super Bowl, alguns esclarecimentos sobre sua relação com alguns outros artistas e a beleza e as dores de ser alguém que carrega uma exorbitante fatia do impacto cultural pop dos anos 2000-...

Isso, de alguma forma, aparece de modo bastante introspectivo e muito honesto. Não vemos ali uma cantora glamurosa estereotipada, Gaga, mas Stefani Germanotta, uma mulher forte - e isso é muito; muito pra quem descobriu a dificuldade de ser grande em um mundo feito para mulheres pequenas.

Conforme é de conhecimento da mídia em geral, Gaga sofre de síndrome do pânico, depressão e fibromialgia. No entanto, em meio a essa luta, vemos uma MULHER rasgando sua arte dentro pra fora e sobrevivendo aos maus e aos bons dias.

Catarticamente bem explorado, " Gaga: Five Foot Two" é para amantes de arte. E ponto.

Ainda em lágrimas , peço que assistam, por favor! ✨