(ENEM) MODERNISMO NA LITERATURA BRASILEIRA - GERAÇÃO DE 22 E DE 30
- Débora Pluvie
- 23 de fev. de 2021
- 11 min de leitura
A SEMANA DE ARTE MODERNA
Ocorreu em fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo.
No primeiro dia, abertura, foi feita uma conferência por raça Aranha, em linguagem tradicional e acadêmica, quando o autor apoia o Modernismo. A segunda e mais tumultuada noite foi aberta por Menotti del Picchia, com uma conferência que negava a filiação do grupo modernista ao futurismo proposto por Marinetti e defendia a integração da poesia com os tempos modernos, a liberdade de criação, e a criação de uma arte genuinamente brasileira. Quando se iniciou a leitura de poemas, apaga a plateia ora vaiava, ora aplaudia.
A semana ganhou, aos poucos, uma enorme importância histórica, já que representou a fluência de várias tendências de renovação, que estavam empenhadas em combater arte tradicional.
O Modernismo foi uma ruptura, um abandono de princípios e revolta contra o que era a inteligência nacional.
A semana conseguiu chamar atenção dos meios artísticos de todo o país e aproximar artistas com os mesmos ideais.
A PRIMEIRA FASE DO MODERNISMO: OS ANDRADES
Após a semana de Arte Moderna, o modernismo passou a viver a sua fase heroica, a fase divulgação e aprofundamento das ideias e da estética modernistas.
Caracterizou-se pela tentativa de solidificar o movimento.
Defendia uma reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais - eliminação definitiva do nosso complexo de colonizados, uma revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições culturais.
O período que Mário de Andrade chamava de orgia intelectual é rico em publicações. Foram lançados manifestos que dividiam os escritores da época. Entre eles destacam-se quatro: pau-brasil; verdeamarelismo; antropofagia; escola da anta.
Pau-brasil: a poesia de exportação: o movimento propunha uma poesia primitivista, construída com base na revisão crítica de nosso passado histórico e cultural e na aceitação dos contrastes da realidade. Demonstrava a revolta contra a cultura acadêmica e dominação cultural europeia em nosso país. O manifesto Oswald propunha a criação de uma língua brasileira sem erudição, a síntese, o equilíbrio e a surpresa.
Verde-Amarelismo e Anta - a reação: o verdeamarelismo surgiu em contra-ataque ao pau-brasil. Defendia um nacionalismo ufânico, evidente inclinação para o nazi fascismo, Tornou-se escola da anta, apos usar a anta e o índio como símbolos.
Antropofagia - deglutição cultural: revidando com sarcasmo A escola da Anta, Oswald de Andrade, Tarsila Amaral e Raul Bopp lançaram o mais radical de todos os movimentos, inspirado no quadro Abaporu. Contrariamente à xenofobia de anta, não negavam a cultura estrangeira, mas também não a copiavam ou imitavam. Propunham devoração simbólica da cultura externa aproveitando inovações artísticas sem a perda da nossa própria identidade cultural.
OSWALD DE ANDRADE
Casou-se com Tarsila Amaral e depois com Pagu, ativista comunista. Sempre foi debochado, irônico e crítico, pronto para satirizar os meios acadêmicos ou burgueses. Sem ser ingênuo, defendia valorização cultural através de críticas, ironia, paródia e atualização de nossa história. Ao mesmo tempo que procura captar as cores e a natureza flagra as contradições moderno primitivos de nossa realidade. O romance era o gênero em prosa que mais o agradava. Suas obras representaram o amadurecimento do uso de técnicas ainda incipiente. Destacou-se no teatro, principalmente, com seu texto "O Rei da vela", que repercutiu muito. Teve reflexos no tropicalismo e na efervescência política cultural da época.
MÁRIO DE ANDRADE
A partir da postura de rever o passado em vez de negá-lo radicalmente, Mario escreveu diversos ensaios de crítica literária. Também revelou interesse pela música, folclore, antropologia, tecnologia, psicologia e outras ciências. Viajou o Brasil em busca de informações de interesse cultural. Mario queria ser útil na reconstrução cultural do Brasil. Sua obra "Paulicéia" agradou o grupo modernista, pois destruiu padrões literários vigentes e propôs nova linguagem poética: neologismos, flashes, ruptura sintática e fragmentação. Buscando o conhecimento e o registro do Brasil e de suas manifestações culturais, o autor introduziu nessas obras as lendas, os costumes, o modo regional de falar, os ritmos e as danças populares. Após a revolução de 30, a poesia de Mario mudou de foco. Toda a literatura se voltava para a reflexão, firmamento do modernismo, análise e denúncia dos problemas sociais. Sua poesia, então, tomou duas direções. De um lado a poesia intimista e introspectiva, de outro a poesia política: combate as injustiças com linguagem agressiva e explosiva. Em algumas obras abordava temas como o preconceito e abrangia novas técnicas narrativas. Na prosa Macunaíma, Mário de Andrade abrange todas as características, segundo ele, do povo brasileiro: preguiçoso, mentiroso, covardia, e mau caráter. Utilizou uma variedade de motivos populares, engloba várias línguas, formando uma própria linguagem.
MANUEL BANDEIRA
O mestre do verso livre apresentou as seguintes temáticas em sua obra: a paixão pela vida, a morte, o amor, a solidão, angústia existencial, o cotidiano, e a infância. Vivia esperando a morte, vivendo a vida apaixonada mente, mas possui uma obra enorme que vai do pós Parnasiana ismo e põe simbolismo até as ideias modernistas. Sua adesão as técnicas deste período deu-se gradativamente, a medida que via na renovação a única alternativa a sua poesia, que não se ajustava mas as antigas formas de expressão. Era chamado de o "São João Batista" do Modernismo. "Libertinagem" foi uma de suas principais obras. Teve papel decisivo na solidificação da poesia de orientação modernista com todas as suas implicações e no alargamento da lírica pela sua capacidade de extrair poesia de elementos do cotidiano. Apesar da aparência quase prosaica de sua poesia, é rica em construção e significação — concilia a crítica social e a reflexão filosófica,trabalha os temas com simplicidade e despojamento, diferencia-se dos ultrarromânticos pelo amor à vida, opondo-se ao pessimismo do Romantismo.
ALCÂNTARA MACHADO
Dedicou-se à crônica jornalística, à prosa ficcional e à pesquisa histórica. Como prosador trilhou os caminhos experimentais de Mario e Oswald. Sua linguagem é leve e bem humorada, espontânea e comunicativa, resultado de sua atuação como jornalista. Fez uso de uma linguagem telegráfica, elíptica e cinematográfica, cheia de flashes e cortes e de cena surpreendentes. o universo que retrata é o dos bairros dos imigrantes italianos em São Paulo e o conjunto de aspectos humanos, morais, culturais e linguísticos que formavam aquela comunidade. Era rico, mas tinha alma popular e transpassava sua humildade em seus poemas, mostrando a simplicidade cotidiana e luta pela integração social. Trazia As pessoas pobres, a pequena burguesia e os pequenos comerciantes para tema de suas poesias.
A SEGUNDA FASE DO MODERNISMO: O ROMANCE DE 30
Tal período se voltou para a realidade brasileira com uma clara intenção de denúncia Social engajamento político.
A literatura voltou-se para um Retrato mais objetiva da realidade e quase sempre pelo romance. Esse Ganhou matrizes regionalistas ideológicas e foi transformado em um instrumento de análise da realidade brasileira.
Na década de 1930, o quadro político-econômico brasileiro internacional — composto por reflexos da crise de 1929, da crise cafeeira, da Revolução de 30, da intentona comunista, do Estado Novo, ascensão do nazismo fascismo, combate ao socialismo, e Segunda Guerra Mundial — exigia uma tomada de posição ideológica. Dessa exigência resultou uma arte engajada, de clara militância política e de engajamento espiritual.
O romance de 30 destaca-se, principalmente, pelo regionalismo nordestino. Através das obras, denuncia a problemática da seca e da migração e, posteriormente, abordam o cangaço, a luta por terras, e a crise de engenhos.
O regionalismo manifestou-se também na região sul.
RACHEL DE QUEIROZ
Militou no partido comunista e chegou a ser presa por defender a esquerda. Foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. A prosa da autora é erudita, ágil e dinâmica. Além disso, usa o discurso direto — o que associa sua narração à tradição da novelistica popular. Seus quatro poemas iniciais demonstram preocupação social. Nos dois primeiros, aprofunda o tema da seca e a amplia abordagem de José Américo, introduzindo Coronel eles mor e os impulsos passionais dos Sertanejos. Suas obras possuem um elemento novo: o enfoque psicológico — dando uma dimensão mais humana, concilia um relacionamento amoroso com abordagem ideológica ideais socialistas. Dedicou-se a crônica em seus últimos anos de vida e tem obras de teatro e literatura infantil. Em “O Quinze”, no eixo central, a narrativa é social e trata dos efeitos da seca no nordeste brasileiro e em segundo plano: Conceição procurar a sua identidade e autonomia em uma sociedade patriarcal, recusando o amor de Vicente, gira em torno da migração de Chico Bento e sua família.
GRACILIANO RAMOS
O principal romancista da geração de 30. Durante a Era Vargas foi preso sob acusação de subversão e, após várias prisões, permaneceu encarcerado por 10 meses no Rio de Janeiro, onde escreveu a obra "Memórias do Cárcere", delatando o e autoritarismo do então presidente do Brasil. Libertado, ingressou no partido comunista. Como poucos, retratou universo sertanejo, tanto na figura do fazendeiro autoritário, quanto na do caboclo comum. Suas personagens, ao invés de traduzir experiências isoladas, revelam uma condição coletiva: a do homem explorado socialmente ou brutalizado pelo meio. Partiu do âmbito particular afim de alcançar universal. Possuía uma linguagem enxuta, rigorosa, muito trabalhada, seca. Graciliano não foi apenas romancista, escreveu ainda contos, crônicas impressões de viagem.
JOSÉ LINS DO REGO
O escritor captar a vida nordestina por dentro e a registra em um momento em que se operavam no nordeste transformações de ordem social e econômica profundas, fruto da decadência do engenho, logo substituído pela usina. Capta e transpõe para a literatura o imaginário do povo nordestino (repare que antes de José o nordeste era mais retratado nas narrativas orais, nos romances cantados e na literatura de cordel ou folheto). As tensões sócio-econômicas do Engenho do açúcar tem continuidade em “Fogo morto” — dividido em três partes: na primeira ele enfatiza o destino e drama humano de uma personagem que se orgulha de ser solteiro, na segunda é a história de ascensão do Engenho Santa Fé, na terceira o autor dá ênfase à figura do personagem Lula de Holanda, alvo de chacota, uma espécie de Dom Quixote que anda de engenho em engenho em defesa dos injustiçados. O autor costura os fatos sobre uma visão nostálgica.
JORGE AMADO
Politicamente comprometido com ideias socialistas, participou da Aliança Nacional libertadora — movimento de febre popular — e foi preso em 1936. Libertado em 1937, morou em Buenos aires e publicou a biografia de Prestes. De volta ao Brasil, em 1945 foi eleito deputado federal, mas teve seu mandato cassado. Alcançou reconhecimento mundial, suas obras apresentavam preocupação político social, denunciando em um tom direto, lírico e participante, a miséria e a opressão do trabalhador rural e das classes populares. Conforme foi amadurecendo, sua força poética voltou-se para os pobres, para a infância abandonada e delinquente, para a miséria do negro, para o cais e os pescadores de sua terra natal e para a denúncia do colonialismo latifundiário. Autor de obras de cunho regionalista de denúncia social no início de sua carreira de escritor, Jorge Amado adotou as crônicas na última fase. Certos críticos rejeitam o caráter militante de sua obra e outros criticam sua linguagem despretensiosa e popular, acusando-o de mal escritor, outros ainda rejeitam o apimentado de suas histórias, outros o consideram repetitivo em relação aos personagens e ao enredo. Destaca-se com o livro “Gabriela Cravo e Canela”.
O SUL NO ROMANCE DE 30
ÉRICO VERÍSSIMO
Sua obra foi dividida em três partes. A primeira inicia-se com “Clarissa”. Essa fase é caracterizada pelo registro do cotidiano da vida urbana de Porto Alegre e pela apresentação de certos problemas morais, sociais e humanos decorrentes da vigência de valores degradados. A segunda fase corresponde a obra o"Tempo e o Vento",que trata da formação do Rio Grande do Sul. Nesse épico, Veríssimo demonstra pleno amadurecimento de técnica expressão e se firma como retratista do povo gaúcho. A terceira fase caracteriza-se por uma postura mais universalista, crítica e de engajamento social.
DIONELIO MACHADO
Situa-se entre os autores intimistas e urbanos que trabalharam na linha de exploração psicológica. Homem de esquerda, baseava-se na crítica a degradação exploração social. Análise dos problemas humanos é feita a partir de pequenas coisas que envolvem o cotidiano de pessoas comuns. O social nunca sobrepõe ao individual.
A SEGUNDA FASE DO MODERNISMO: A POESIA DE 30
Esse período é marcado por uma poesia de questionamento da existência humana, do sentimento de estar no mundo, das inquietações sociais, religiosas, filosóficas e amorosas.
Diferentemente dos romancistas dessa geração, os poetas buscavam uma abordagem que ia da reflexão filosófica existencialista ao espiritualismo, da preocupação social e política ao regionalismo, da metalinguagem ao sensualismo.
Muitas propostas da primeira geração modernista como o verso livre, afirmação de uma língua brasileira, a priorização da paisagem nacional e abordagem de temas cotidianos estavam definitivamente consolidadas em nossa literatura.
A segunda geração manteve as conquistas do período anterior, mas não se prendeu a ela.
Tais artistas levavam adiante o processo de liberdade de expressão de seus antecessores e sentiam-se à vontade para utilizar algumas formas clássicas — soneto, versos regulares, estrofação rigorosa.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Considerado o maior poeta do século XX, em 1940 chegou a participar do jornal comunista, mas logo abandonou e adotou o ceticismo político. O autor foi comparado com Machado de Assis por conta da ironia na obra de ambos. Destacou-se na poesia e possui quatro fases de produção:
1. A FASE GAUCHE: Principais obras dessa fase são "Alguma poesia" e "Brejo das almas". Ainda encontramos vestígios da primeira geração — ironia, humor, poema piada, síntese e linguagem coloquial. No entanto, o que mais marca essa fase é o gauchismo - aplicado a Humano significa aquele que se sente às avessas, torto, sem conexão com a realidade. São comuns traços de pessimismo, individualismo, isolamento, reflexão existencial, ironia, e metalinguagem.
2. A FASE SOCIAL: O livro "Sentimento do mundo" marca a mudança na orientação poética do autor. Nesta fase, o eu lírico manifesta interesse pelos problemas sociais e o período anterior é deixado de lado. Essa modificação deve ser o contexto histórico — o mundo presenciou ascensão do nazi-fascismo, a guerra civil espanhola e a Segunda Guerra Mundial. No Brasil, ocorria a intentona comunista e a ditadura Vargas. Além disso, percebe que todos os homens são gauches, então em vez de se excluir do mundo, tenta transformá-lo para garantir seu espaço. Sua obra mais importante nesse período é "José".
3. FASE DO NÃO: A partir do livro "Claro enigma" a poesia de Drummond começou a seguir duas orientações: de um lado a poesia reflexiva, filosófica e metafísica onde, com frequência, os temas da morte e do tempo aparecem. De outro, a poesia nominal tendo como destaque a preocupação fônica visual e gráfica.
4. A FASE DA MEMÓRIA: temas universais e temas típicos de sua obra como a infância, Itabira, o pai, a família, a piada, humor cotidiano e auto ironia. Uniu vários elementos que marcaram toda sua carreira: a reflexão, humor, o erotismo e o ceticismo.
OBS: A poesia metafísica e religiosa — um grupo carioca que defendia uma renovação do catolicismo e a criação de uma arte cristã combativa. Naquele momento de crise econômica, aparecimento do nazi-fascismo e expansão do comunismo, os católicos julgavam o cristianismo como única saída para trazer justiça, igualdade e paz, defendia um cristianismo mais politizado envolvido com os problemas mundanos.
MURILO MENDES
Sua poesia provoca estranhamento devido à linguagem fragmentada, às imagens insólitas, à visão messiânica do mundo e à simbologia própria que apresentava. Passou por múltiplas experiências e, por isso, não é classificável. Passou pelo cristianismo, surrealismo, poesia social, neobarroquismo e experimentalismo. Sua obra de estreia, "Poemas", já apresentava seus traços futuros: dilaceração do eu em conflito, presença constante de metáforas e símbolos, inclinação surrealista e contrastes entre o abstrato e o concreto. Com parceria de Jorge Lima escreveu a obra católica tempo e eternidade, de modo a conciliar a religião com as contradições humanas. Murilo não gostava de pertencer a grupos fechados. Amava contrastes e oposições fonético semânticas.
JORGE DE LIMA
Suas obras chamaram atenção por características como o cristianismo, surrealismo, regionalismo, urbanidade, crítica social, reflexão filosófica, fragmentação narrativa e as referências bíblicas quanto à criação e ao apocalipse. Era neoparnasiano, mas aderiu ao Modernismo, passando a cultivar temas nordestinos. Denuncia a condição de exploração e marginalização a que os negros eram submetidos. Depois de converter-se ao catolicismo o enfoque torna-se a defesa cristã.
CECÍLIA MEIRELES
Nunca esteve a filiada a nenhum movimento literário. Sua poesia filia-se às tradições luso-brasileiras. Apesar disso, suas primeiras obras apresentam inclinações ao simbolismo. Essa tendência confirmada por sua participação na revista "Festa", publicação literária de orientação espiritualista que defendia universalismo e preservação de valores tradicionais da poesia. Os elementos frequentes em suas obras eram o vento, a água e o mar. A autora era extremamente cuidadosa com a seleção vocabular que tendia a musicalidade, para o verso curto e para paralelismos. Raramente a poesia de Cecília foge a orientação intimista. Cultivou uma poesia reflexiva, de fundo filosófico, que aborda entre outros, temas como a transitoriedade da vida, o tempo, o amor, o infinito, a natureza, a criação artística. Não era racional, mas intuitiva — sempre procurou entender o mundo a partir de experiências próprias.
VINICIUS DE MORAES
Deu início ao movimento Bossa Nova junto com Tom Jobim e João Gilberto. Fez muito sucesso como cantor de suas próprias composições. Como poeta, integra o grupo de poetas religiosos que se formou no Rio de Janeiro. Vinicius assinalava que sua obra consistia em duas fases:
Transcendental, frequentemente mística resultante da fase cristã.
Marcada pelo movimento de aproximação do mundo material com repulsa ao idealismo dos primeiros anos.
"Cinco elegias" é a obra que marcar a sua passagem para uma fase de proximidade maior com o mundo material. O poeta torna-se interessado nos temas cotidianos e também explora com sensualismo os temas do amor e da mulher. A linguagem tende a simplicidade: verso livre e a comunicação fica mais direta e dinâmica. Aderiu ao Modernismo e deu uma nova roupagem ao soneto sob uma Linguagem curta e direta, fazendo uso de vocábulos do cotidiano. Também se interessou pela poesia social.
Por hoje é isso!
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