Redação nota 1000 - Um mundo com tanta pressa valoriza cada vez mais o que já vem pronto
- Débora Pluvie
- 15 de fev. de 2021
- 4 min de leitura

Fala, pessoal.
Boa noite. Tudo bem?
Depois de um dia mais que turbulento, volto aqui pelo mesmo motivo – manter a sanidade =) Hahahah
Bom, hoje vou comentar sobre um teminha que apareceu na Espcex em 2013-2014:
Um mundo com tanta pressa valoriza cada vez mais o que já vem pronto.
Sem dúvidas, um dos assuntos mais difíceis cobrado pela banca nas últimos tempos e extremamente atual quanto à conjuntura global que estamos inseridos. Isso, pois nos encontramos sempre em nossas grandes correrias – seja no trabalho, na escola, nas relações familiares e afetivas. Hoje, dissertar sobre pressa em qualquer plano é, sem dúvidas, abordar os caminhos que a tão comentada Geração Y tem tomado.
Sobre a tal Geração Y, valem algumas considerações:

Tem uma coisa que roda muito nas redes e na mídia, de um modo geral, que é uma classificação etária. Então, quando falamos desses jovens, eles são os que nasceram entre a década de 80 e 90. São os caras que receberam toda a influência da internet. Segundo Sidnei Oliveira, especialista em gerações,
O jovem da Geração Y não sabe lidar com frustrações.
Nesses últimos 20 ou 30 anos, nós não preparamos o jovem para lidar com as perdas.
De alguma maneira, a sociedade e a família mudaram o seu discurso e sua forma de lidar com os filhos, os protegendo de frustrações o máximo que era possível - ou dividindo essa carga, em uma espécie de companheirismo.
Essa proteção fez com que os jovens se tornassem mais frágeis para o mercado de trabalho.
O jovem espera que o mundo corporativo trabalhe a favor dele.
Em primeira análise, existe uma palavra chave que grita aos ouvidos no enunciado da prova em questão – pressa. A pressa, segundo o dicionário, aparece como

“Substantivo feminino; ausência de calma; falta de paciência; impaciência, precipitação. Necessidade súbita de fazer ou de conseguir alguma coisa; urgência: preciso sair daqui imediatamente, tenho pressa! Desejo de conseguir alguma coisa rapidamente: preciso esperar pelo emprego, mas tenho pressa!”
Nesse contexto, percebemos que essa falta de paciência é bastante aparente quando estabelecemos o imediatismo pertinente às relações homem x mundo x tempo.
Nós, geração ou filhos da geração Y, somos indivíduos que vivem um mercado de trabalho a cada dia mais especializado e possuímos características particulares em nosso modus operandi. Isso, muito por conta da boa e velha Globalização.

Retardamos a entrada no mercado de trabalho, pois conferimos mais enfoque à sala de aula e suas múltiplas experiências. Empreendemos mais – o que é interessante comentar em tempos de crise; dado que se antes empreendiam para enriquecer, hoje fazemos, pois não há emprego. Quanto a isso, a taxa de empreendedorismo entre quem tem de 18 a 24 anos saltou de 16,2%, em 2014, para 20,8%, em 2015 (último dado disponível). Ou seja, mais de um quinto dos jovens nesta faixa etária criam o próprio negócio. Em 2007, o percentual era de apenas 10,6%.
Para especialistas, a maior recessão da história do país e fatores culturais explicam o aumento.
Somos a geração da falta de acomodação. Assim, mudamos de trabalho porque simplesmente estamos entediados ou transformamos nossos hábitos alimentares, dado que um determinado grupo aderiu a uma nova forma de comer.

Sabe-se que este microcosmos de população ocidental ativo viu tudo acontecer – crescemos em meio a essa Revolução Tecno Científico Informacional Histórica que presenciou desde o 11 de setembro até a criação do Ipod.
Nesse sentido, muitos jovens empreendedores revolucionaram o mundo como a gente conhece. Revolucionaram porque tinham pressa em vista à urgência e rapidez de informações constantemente multiplicadas. Exemplo disso é a Apple, o Facebook, o Whatsapp na comunicação; a Uber no transporte; os grandes cursos preparatórios na educação.
Esse cenário revolucionário da otimização do tempo foi capaz de transmitir ao jovem a ideia de um dia maior que 24 horas, pois todos os seus desejos – ou a maioria deles – já vêm prontos.

Sobre a questão do tempo, é interessante pensarmos em uma ideia de cápsula. Caso você tivesse a oportunidade de colocar dentro de uma caixa objetos que só poderiam ser vistos daqui a 80 anos, o que colocaria ali? É bacana comentar que o “bizu” da coisa seria guardar elementos que só o tempo é capaz de dar uma resposta – como algo que remetesse à questão ambiental, por exemplo, à nossa curiosidade quanto às problemáticas da saúde, quanto à política internacional – será que o mundo será organizado deste forma ainda?
Pensem que ao mesmo passo que avançamos, temos pressa e queremos tudo pronto por conta da aceleração do globo, as incertezas ainda pairam – não temos o controle remoto do mundo.
Assim, verificamos como consequência paradoxalmente aparente e velada uma ansiedade por viver o novo – doença essa capaz de se desenvolver nos mais assustadores prismas, como a bulimia, a anorexia, o estresse, a insatisfação quanto às relações amorosas.
Quanto a isso, alguns dados:
A taxa geral de divórcio no país atingiu seu maior valor, de 1,8 por mil habitantes no ano de 2010 entre pessoas de 20 anos ou mais, segundo o IBGE.
O Brasil é o oitavo país em número de suicídios . Em 2012, foram registradas 11.821 mortes, sendo 9.198 homens e 2.623 mulheres ( de 6,0 para cada grupo de 100 mil habitantes). Entre 2000 e 2012, houve um aumento de 10,4% na quantidade de mortes – alta de 17,8% entre mulheres e 8,2% entre os homens.
O Brasil é o segundo maior consumidor de cocaína e derivados, atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com o segundo Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A verdade, ou menos, a minha verdade, é que essa pressa de viver carrega um fardo e um preço muito alto.
Queridos, por hoje é isso. Temos uma argumentação?
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Beijos.
D.P
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