Redação nota 1000 - Violência contra crianças e adolescentes
- Débora Pluvie
- 30 de mai. de 2020
- 2 min de leitura

No ano de 2008, a menina Isabella Nardoni, de 5 anos, foi assassinada por seu pai e sua madrasta ao ser jogada pela janela do prédio no qual morava. Esse caso revelou a cruel realidade de muitas crianças e adolescentes brasileiros, as quais sofrem constantes agressões físicas e psicológicas que por serem inocentes e indefesas, não sabem como se defender. Sob esse aspecto evidencia-se a importância do Estado, em proteger esses jovens, bem como das creches e escolas ensiná-los como agir e procurar socorro em situações de opressão.
Em primeira análise, é válido destacar que o governo é falho na promoção da integridade dos infantes. Tal fato é percebido pela impunidade dos agressores, como ocorrido com o pai e a madrasta da Isabela Nardoni, os quais tiveram seu julgamento demorado devido à lenta burocracia brasileira. Nesse sentido, eviden
cia-se a necessidade de cumprimento do ideal governo de Rousseau- é dever da União garantir os direitos sociais de todos os indivíduos-, visto que, com essa teoria em prática, a segurança das crianças será plena e os casos de agressões contra elas tenderão a zero. Dessa forma, como os jovens apresentam menos força física e menor capacidade de se expor em comparação aos adultos, cabe os governantes tomar medidas que retirem essas vítimas do ambiente conflituoso e compreender o depoimento delas, para que elas se sintam seguras e protegidas do governo. Consequentemente, casos como o da menina Nardoni deixarão de acontecer e menos transtornos psicológicos pelos infantes, de modo a cumprir com o ideal de governo de Rousseau.
Ademais, nota-se uma ineficiência educacional em promover a busca dos jovens por ajuda. Essa questão é percebida pela ausência das disciplinas que abordem a temática da violência e reafirmarem a importância dessas vítimas exporem os fatos para que essa maldade pare de ocorrer contra elas. Diante desse cenário, percebe-se a veracidade da afirmação do ex-matemático Pitágoras, ao dizer “eduquem as crianças para que não seja necessário punir os adultos”, visto que, com os jovens bem instruídos, os agressores deixarão de maltratá-los por saberem que a criança irá expor a situação. Dessa forma, o direito da criança à proteção será assegurado e ela será mais capaz de compreender e distinguir as diferenças entre um carinho e um abuso por meio da educação escolar, como idealizado por Pitágoras.
Portanto, para que a mazela a qual envolve a garantia dos direitos das crianças e do adolescente seja solucionada, é necessário que medidas sejam tomadas. Torna-se imprescindível que o Ministério da Educação promova aulas com cunho socioeducativo que abordem a temática da violência infantil e aponte como os jovens deverá ser realizada devem se comportar nesses momentos. Essa medida deverá ser realizada por meio do investimento do Ministério da Fazenda, com o rastreio do dinheiro que assegure seu destino final, com o intuito de esclarecer as crianças sobre seus direitos e incentivá-las a denunciar práticas violentas vindas de seus responsáveis. Dessa forma, encerrar-se-ão casos como o da Isabela Nardoni e mais infinitos serão capazes de gozar de uma vida digna e sem um passado marcado por palmadas e abusos, como dito por Rousseau.
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