Clichê
- Débora Pluvie
- 4 de nov. de 2018
- 2 min de leitura
Meu bem, eu sonhei com você. Ainda que eu não seja fã dos clichês, aprendi com um amor que os clichês existem porque funcionam - assim o faço. Saiba que tudo que viveu durante todo esse tempo - todas as abstenções, as ausências, as prioridades, os fracassos e todas as noites mal dormidas te levaram a quem você se tornou. Lembrei de Graciliano, que escreveu que “a palavra foi feita pra dizer” - por isso, cá estou dizendo: tenha orgulho de quem se tornou. Engraçado eu não saber e, de fato, não sei, mas talvez a minha paixão por Rosa tenha nascido do que ele comenta sobre coragem: “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.” Esteja certo: a coragem de Rosa é visível em vc. Eu nunca tive um sentimento tão único por alguém como a conexão que criamos. Você apareceu na minha vidinha em um momento muito particular - e seguimos discretos/ Apaixonados pelo perigo/ De brincar com fogo/De brincar com a vida/De brincar de fazer/Poesia/Prosa/Anacolutos. Serei eternamente grata pelas palavras, pelos olhares, pelos sorrisos e por tudo que nos envolveu durante este ano. Manoel me mostrou que “tudo que eu não invento é falso.” Acreditante no mestre, inventei uma paixão lindona que nasceu entre a palavra e a lua, a lua e a poça, a rua e o carro, os olhares e os silêncios, os abraços e as vontades, a tensão e a leveza de poder ser livre, o corredor e o elevador - entre nós. Sim! Estou te deixando ir, na felicidade que reside na grandeza de ter participado, ainda que um pouquinho, dessa tua travessia. Lembre de nós com carinho! Seja grande! Boa noite!

Comments